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Mais um post mais do mesmo… e de novo com luminárias. Prometo mudar o tema pro mês que vem, mas é que eu tenho uma super queda por iluminação…

Hoje não é uma peça única e sim uma linha, chamada Tropicana, da marca brasileira Bertolucci. São peças em alumínio inspiradas em frutas brasileiras, como cajá, pequi e fruta-do-conde que podem ser personalizadas com diferentes  – inclusive na parte interna. Devido à essa versatilidade, é super comum encontrarmos peças dessa linha adornando ambientes comerciais e mostras de decoração.

No Empório Baglione, os arquitetos do escritório Rocco + Vidal escolheram as peças nas cores amarela e preta para iluminar o balcão.

 

No restaurante Las Chicas, os pendentes já aparecem na fachada, compondo com o nome do restaurante em neon e, de novo, iluminando o balcão na parte interna. Aqui, cada peça ganhou uma cor por fora e outra ainda mais divertida na parte interna.

 

E de novo, as peças coloridas na loja The Gourmet Tea, em projeto de Alan Chu e Cristiano Kato.

 

Em mostras, vimos as peças iluminando a cozinha de Fernando Piva e o ambiente lúdico de Fernanda Pastore. Aliás, lembram dessa árvore de cubos nesse post?

 

Nos projetos residenciais, propostas ora coloridas, ora mais discretas. No projeto da arquiteta Fernanda Moreira Lima, as peças coloridas animam a sala de jantar da casa de praia e no projeto de Lud Grammont, trazem um pouco mais de cor para a copa do apartamento.

 

Numa proposta mais discreta, as peças em tom cobre são perfeitas para iluminar a sala de jantar clean.

E na casa da blogueira Tati Marques, as peças ganham um “quê” de luminárias internacionais todas em preto, lembrando muito a composição de peças da linha Beat do designer Tom Dixon que falamos nesse post. O charme da versão nacional fica por conta do interior de cada peça pintado em uma cor. Adorei!

 

Agora que nós já sabemos a diferença entre os termos cobogó e muxarabi, conseguimos identificar com muito mais facilidade esses elementos nos projetos de arquitetura.

Percebemos que rever esses elementos é uma tendência bem contemporânea e que partindo dos conceitos tradicionais, os arquitetos estão criando coisas bem interessantes. Olha esses exemplos ali na Rua Oscar Freire:

Aberta desde 2010, em comemoração aos 75 anos de história, a flagship store (loja-conceito) da Valisére ganhou projeto especial da arquiteta Patrícia Anastassiadis. Conceitual e inovador, o projeto foi concebido em parceria com a cenógrafa Daniela Thomas e com a stylist Flávia Lafer.

Na fachada, uma estrutura autoportante executada em resina translúcida posicionada atrás da vitrine de vidro resguarda as compradoras no interior da loja e permite que o logotipo da loja seja visto refletido em todo o piso com a passagem da luz. O resultado é um delicado e moderno muxarabi.

 

Um pouco mais à frente, o restaurante Alma Maria tem projeto do arquiteto Arthur Casas. Com cardápio de inspiração espanhola, o arquiteto procurou trazer muita luz para o interior, com pé direito de 6 metros e ambientes em diferentes níveis que se entrelaçam sem paredes internas.

Para conseguir esse resultado, a fachada é toda aberta à rua e a vedação é feita com uma porta-painel que aberta parece um grande mural. Ela tem recortes que lembram a repetição de padronagem que encontramos nos cobogós, mas numa interpretação bem mais contemporânea.

  

 

Depois de apresentar o muxarabi pra vocês nesse post, resolvi falar do parente nacional, o cobogó, que nada mais é que um elemento vazado de nome próprio. O nome aliás, veio através do sobrenome dos três engenheiros de Recife que os desenvolveram: Amadeu Oliveira COimbra, Ernest August BOeckmann e Antônio de GÓis, isso lá em 1929. Os modelos mais comuns são os feitos em cimento e cerâmica, mas encontramos em vidro, mármore e metal.

Eles foram projetados para fechamento ou divisão de ambientes permitindo que neles entrassem luz e ventilação, mas mantendo a privacidade do interior. Na década de 50 eles foram muito utilizados, inclusive em projetos de Niemeyer e Lúcio Costa, e voltam à moda agora em obras contemporâneas de arquitetos brasileiros, ou não.

Esse projeto incrível é de um restaurante na Cidade do México chamado La Nonna, do escritório mexicano Cherem Serrano em parceria com DMG arquitetos. Buscando aproveitar ao máximo os 200 metros quadrados disponíveis o bar ficou centralizado, liberando espaço para mesas e circulação e em todos os lados podemos ver o cobogó – até no teto!

 

O escritório brasiliense Domo Arquitetura utilizou o material em duas mostras. Em 2008 projetaram o Pavilhão Patchwork, uma galeria de arte que misturava diferentes tipos de elementos vazados aleatoriamente com a intenção de criar um fundo opaco e translúcido para as telas que ficariam expostas.

 

Em 2010, aplicou o material, com desenho mais moderno e particular, na fachada da Casa Cor Brasília que homenageava os 50 anos da capital.

 

Nesse projeto do arquiteto Marcio Kogan, chamado de Casa Cobogó, o elemento é personagem central do projeto. Além disso, é assinado pelo escultor austríaco Erwin Hauer, grão-mestre dos cobogós, autor de inúmeros módulos vazados e patenteados.